Uma casa com vista para o mar

Numa altura em que o mercado imobiliário português dá sinais de retoma, a Essential Madeira deixa aqui um conjunto de razões para investir na Madeira.

A Madeira parece não escapar aos sinais de retoma do mercado imobiliário que Portugal vem registando ao longo dos últimos meses. São sinais difíceis de medir, mas é uma realidade que vários investidores, sobretudo estrangeiros, têm procurado a ilha como destino de residência para os anos da reforma, ou apenas para passar alguns períodos no ano.

A expressão do mercado imobiliário da Madeira está longe da do Algarve ou de Lisboa, os dois principais pólos portugueses. A oferta não é tão vasta mas existem várias oportunidades de investimentos, que começam a captar a atenção dos investidores.

Parte das vantagens do investimento imobiliário na Madeira está relacionada com as condições que a ilha oferece. Uma delas tem a ver com a segurança, não só a segurança das pessoas e bens, mas também a segurança do investimento. E neste capítulo a estabilidade de Portugal e da Madeira em particular garantem conforto e segurança nos investimentos.

Outras razões estão relacionadas com as características da própria ilha, como o clima ameno a proximidade à Europa Central, com uma boa rede de ligações aéreas com as principais capitais europeias.

A tradição turística da Madeira também ajuda e muito. É uma terra habituada a receber, dotada de boas comunicações e infraestruturas e com uma paisagem de cortar a respiração. A probabilidade de conseguir uma boa localização, com vistas sobre o oceano atlântico é muito grande. Além disso as distâncias são curtas e a boa qualidade da rede viária permite deslocações fáceis e rápidas entre os vários pontos da ilha.

Quanto às oportunidades, elas estão dispersas um pouco por toda a ilha. Entre 2001 e 2011 a Madeira foi a segunda região Portugal com maior número de construção de habitações novas (16,2%). O Porto Santo esteve mesmo a liderar o ranking das cidades portuguesas, com 29,2% de novas construções. Seguiram-se o Caniço (28,7%), onde também residem muitos estrangeiros e a cidade vizinha de Santa Cruz, com 26,9%. Mas fora destas cidades, zonas como a Calheta têm também concentrado as atenções dos investidores.

Uma outra oportunidade de investimento tem a ver com as construções mais antigas e históricas. Na Madeira cerca de 5% dos edifícios clássicos recenseados em 2011 necessitava de grandes reparações ou encontravam-se muito degradados. A recuperação, sobretudos nos centros urbanos como o Funchal representa uma oportunidade de investimento.

Foi a pensar nessa recuperação que a Câmara do Funchal aprovou o plano ‘Cidade com Vida’, que cria uma Área de Reabilitação Urbana e inclui incentivos à recuperação, sobretudo nos centros históricos da cidade. No total são 1.934 prédios, que podem beneficiar deste programa.

Os incentivos aos proprietários que recuperem as habitações passam por isenções e reduções e impostos de taxas, como o Imposto Municipal de Transações, Imposto Municipal sobre Imóveis e IRS com benefícios fiscais e IVA reduzido à taxa de 6%.

O objectivo é dinamizar o centro da cidade, atraindo novos habitantes. Um exemplo do que pode ser feito a nível de dinamização é a zona velha do Funchal. É certo que a reabilitação urbana merece críticas, nomeadamente da Ordem dos Arquitectos, mas o movimento de pessoas e espaços comerciais, sobretudo bares e restaurantes, fizeram renascer uma parte da cidade que estava adormecida.

O arrendamento também tem sido apontado como uma oportunidade para o sector imobiliário. Na Madeira tem particular expressão o arrendamento turístico de curta duração, feito por visitantes frequentes da Madeira, ou por pessoas que não querem optar por hotéis. O número de moradias e apartamentos disponíveis para arrendamento tem vindo a aumentar.

Finalmente o preço dos imóveis é também um factor a ter em conta. Tomando como referência o valor da avaliação bancária para efeitos de concessão de crédito, verifica-se uma relativa estabilidade no valor por metro quadrado ao longo do último ano. Em Outubro o valor médio a Madeira era de 1150 €/m2. A Madeira está ainda assim acima do valor médio para Portugal, que é de 1014 euros/m2. Nos apartamentos o valor da avaliação é de 1184 €/m2 e nas moradias 1104 €/m2.

No conjunto de Portugal, dados revelados pela consultora Cushman & Wakefield indicam que é o aumento dos investidores internacionais que está na base da retoma no investimento imobiliário português. No relatório de Outono a empresa indica que esta retoma se deve sobretudo a dois factores: primeiro, o sector está a ser impulsionado pela conclusão bem-sucedida do programa de assistência financeira em Portugal; em segundo lugar, refere a consultora, existe um sentimento positivo por parte dos investidores estrangeiros em relação a toda a Europa do Sul, facto que levou a um aumento da procura externa em Portugal.