Sabores de Portugal inteiro juntam-se na carta do Theo’s, com uma histórica varanda sobre uma das mais importantes avenidas do Funchal
Nasceu como Entrada da Cidade em meados do século XIX e passaria a ser Avenida Zarco já no início do século XX. Mas por esta importante ligação do Funchal passaram milhares de pessoas que, vindas de todo o Mundo, passavam pela ilha da Madeira. De um dos lados dessa rua, depois feita avenida, está, desde 1933, o Theo’s.
Este edifício já serviu muitas atividades. Começou por ser uma casa de chá. Depois, um salão de festas. Até serviu de agências de seguros, para se tornar no que é hoje, um restaurante, há já largos anos. Tudo isto sempre na rua por onde o mundo passava e continua a passar e com uma varanda onde a burguesia do Funchal e os forasteiros comentavam os assuntos de cada dia.
O Theo’s passou a fazer do grupo de restaurantes com a assinatura do Chefe Júlio Pereira, que incluiu na equipa, como Chefe Executivo, Carlos Gonçalves. O espaço ganhou nova vida com uma remodelação: uma cozinha aberta, uma sala mais acolhedora, um conceito novo, uma esplanada reconfigurada, mas a mesma varanda sobre a Avenida.
E se hoje esta já não é a entrada da cidade, a varanda e a esplanada do Theo’s continuam a ser testemunhas do movimento urbano. Além disso são um bom local para apreciar uma refeição de conforto, tirando partido do clima ameno e quase sempre primaveril da capital da Madeira.
O Theo’s escolheu a comida portuguesa como aposta. Pratos das diversas regiões do país unem-se numa carta repleta de sabor. Aliás, a prova da devoção à cozinha tradicional é ilustrada com livros de receitas tradicionais, expostos no balcão da cozinha, onde uma equipa jovem prepara, sem segredos, as muitas opções de uma carta com sabor a Portugal.
Mas engana-se quem pensa que este restaurante é apenas um repositório do receituário tradicional. O Chefe Carlos Gonçalves explica que em tudo há um toque contemporâneo. Nuns casos é uma recriação do sabor, noutros da aparência, mas há sempre criatividade.
Há um rissol de camarão que usa uma gamba do Algarve, ou uma salada de polvo, também do Algarve. Ou ainda croquetes de leitão. Há o madeirense peixe do dia, que muda conforme o que o mar proporciona, servido com papas de milho. Há um torricado, do Ribatejo, feito de sardinha ou perdiz. Mas também há arroz de polvo, ou açorda de camarão, bacalhau à Brás, leitão à Bairrada ou sobremesas como rabanadas, ou pudim de azeite.
Mas há mais opções e até menu do dia ao almoço. O objetivo é que, quem conheça a comida portuguesa possa matar saudades. Quem não a conhece tem aqui uma oportunidade de experimentar, na exata medida das preferências, já que a cozinha portuguesa proporciona diversidade. A juntar a tudo isto há o pão de fabrico artesanal, que o Chefe Júlio Pereira também apresenta nos outros restaurantes.
O menu permite a partilha de todos os pratos, o que é, aliás, encorajado, faz parte do conceito associado ao restaurante. Há também pratos pensados exatamente para serem divididos por duas pessoas, como uma pá de borrego e arroz de couve.
Os vinhos são escolhas portuguesas, onde se incluem as seleções do chefe, que ganharam o nome de Ti Júlio, em homenagem ao avô do proprietário do restaurante. O Ti Júlio existe branco, tinto e rosé. Mas há muitas outras escolhas das várias regiões portuguesas, incluindo espumantes.
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