A Essential Madeira aproveitou a apresentação da Osmotheque para aventurar-se pelo mundo da Perfumaria Artística.
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Um perfume com aromas de folhas de figueira e de bambu, notas de bergamota, limão e… Wasabi! Pode parecer invulgar mas é assim que a perfumaria artística ganha destaque da perfumaria mais “vulgar”.
Tudo se resume a uma experiência olfativa. São perfumes com ingredientes invulgares, cujo propósito é mesmo surpreender, apelando à sofisticação dos narizes que os cheiram.
Miguel Matos é um crítico de perfumes e a sua função é “tentar explicar, interpretar e exprimir” aquilo que sente quando cheira um perfume e assim “passar a informação de como é que aquele perfume é construído e quais as notas mais importantes”. Relacionar com alguns perfumes da mesma família, abordar a “história desse perfume e da marca” também podem entrar nas suas funções, acrescenta.
Fazer um perfume é uma arte, onde notas e aromas se misturam em harmonia, para criar uma personalidade. Ao aventurar-se pelos perfumes, para além de tentar encontrar as suas notas, Miguel procura emoção: “Se um perfume não provoca emoção para mim está morto”.
Fã confesso de perfumes fortes destaca como materiais favoritos o castoreum e o ambergris, por lhe despertarem “emoções fortes”.
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O crítico esteve presente na apresentação da Osmotheque Funchal, uma loja em que uma das apostas é este tipo de perfumaria e que neste momento conta com cinco marcas.
Com a maior parte do seu tempo a ser dividido por Itália e França, onde este vê este tipo de perfumarias com mais casualidade, Miguel Matos vê com bons olhos a abertura de um espaço deste género e acha que o público madeirense tem de ser construído, um processo que prevê ser lento.
