Espumantes Portugueses

Os espumantes portugueses estão a ganhar qualidade e já são comparados ao champanhe.

IMG_2916
IMG_2923
IMG_2934

 

Seja pelo cintilar das bolhas de gás, pela qualidade da bebida, ou pela ideia de glamour que lhe está associada, o champanhe é a bebida de eleição para os grandes momentos. Mas um pouco por todo o Mundo as celebrações fazem-se ao sabor de outros vinhos espumantes. Na Madeira a época da passagem de ano convida ao consumo de espumante e a procura aumenta.

Apesar de a palavra champanhe ser usada para vulgarmente designar os vinhos espumantes, Champanhe é a região francesa de onde vêm os mais famosos espumantes do Mundo, que por essa razão se chamam champanhe. No resto do Mundo, estes vinhos, ainda que muitas vezes vinificados da mesma forma, têm outras designações.

É o caso de Portugal onde ao longo dos últimos anos têm surgido de espumantes de grande qualidade, que os tornam uma excelente escolha para épocas festivas. Américo Pereira, sommelier da empresa Enomania, que distribui na Madeira alguns dos espumantes portugueses, considera que esta qualidade vem sobretudo «pela escolha das uvas». No passado os vinhos de menor qualidade eram usados para espumante. Actualmente isso não acontece. Deixaram de ser os vinhos menos bons, para serem lotes de uvas escolhidos de propósito, com a vindima feita mais cedo, «para manter mais acidez e menor grau alcóolico», pois o espumante «não se quer demasiado alcóolico», explica Américo Pereira. Os espumantes são vindimados em média duas semanas antes das restantes uvas as uvas são escolhidas especificamente para fazer espumante.

O investimento na qualidade deu frutos e alguns destes espumantes são mesmo comparados a bons champanhes franceses. Não que os vinhos portugueses pretendam ser uma cópia, mas é o champanhe é sempre o termo de comparação com qualquer espumante do Mundo. O consumo das marcas portuguesas está a crescer, também por causa do preço. Uma garrafa de espumante pode variar entre os 5 e os 25 euros. No topo da gama estão marcas como o Vértice Millésime, com 5 anos de estágio em garrafa, uma boa estrutura, corpo leve e uma grande complexidade que lembra os grandes champanhes franceses. Américo Pereira destaca ainda o Borga, o Campolargo, o Marquês de Marialva e o CC&CP, entre muitos outros.

A Bairrada é a região que mais espumante produz. Mas nos últimos anos a região das Beiras e o Douro têm investido nestas produções. Os vinhos são produzidos a partir de duas castas tintas, a nacional Baga e a internacional Pinot Noir e a partir da casta branca Chardonnay. Além do tradicional espumante branco, também têm surgido espumantes rosé e tintos. Os tintos ainda são menos consumidos, pois estão associadoa a comidas mais pesadas, com o tradicional leitão português. Mas Américo Pereira esclarece que no caso dos rosé, a proporção é de 60 garrafas vendidas, por cada 100 garrafas de espumante branco. Os espumantes rosé são vibrantes, ideais para um convívio ao fim da tarde, ou para estarem associados a um churrasco.

Para este sucesso contribui também a imagem dos vinhos. Os produtores investiram em rótulos vibrantes, e na qualidade do design. Américo Pereira considera que este aspecto é fundamental para as compras por impulso, que cada vez são mais importantes.

www.facebook.com/enomania.madeira

Tel. +351 968 087 256