Nómada: a arte de criar com calma

É uma loja que junta vários talentos e reúne duas dezenas de artistas que aqui podem expor e vender as suas criações

O projeto Nómada tornou-se realidade em dezembro de 2021, mas a ideia já habitava a alma de Débora Araújo desde 2019. Arquiteta de formação e após uma passagem pelo mercado de trabalho, rapidamente verificou que não se enquadrava na forma como os projetos de arquitetura eram encarados.

Aos 28 anos, e sem medos, decide abrir uma loja acolhedora, nas Madalenas, em Santo António, onde une a arquitetura, a sua paixão maior, com o trabalho de artesãos locais. O espaço serve de montra para o que melhor se faz na Madeira no artesanato, em particular, e na arte em geral. O objetivo é simples: expor objetos criados com o coração e com calma.

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Nesse sentido, a empreendedora afirma que o Nómada faz uma colheita de várias inspirações, lugares e pessoas. “É um estado de espírito, onde um coração livre e criativo pode dar asas à sua imaginação e simplesmente criar. Podemos viajar no tempo sem realmente sair do lugar, e é isso que muitas vezes me deparo a fazer”, afirma, salientando que o seu projeto pretende ser “uma casa” de arte, onde qualquer artista pode entrar.

Atualmente conta já com 19 parcerias com artistas madeirenses, um marco que nunca pensou atingir em tão poucos meses. O ateliê tem sido um sucesso, e a arquiteta revela que “é um prazer poder trabalhar com pessoas tão criativas, que à sua maneira acrescentam muito ao conceito do Nómada”. É uma loja de “peças únicas feitas pelos artistas locais”.

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É com um sorriso de satisfação que fala sobre a sua relação com os artistas com quem trabalha. “Para os artesãos é maravilhoso poder realmente fazer o que lhes realiza, porque, na maior parte dos casos, o seu trabalho principal é outro. No Nómada podem ter um lugar físico para mostrar e divulgar a sua arte, e isso é muito enriquecedor”, diz Débora Araújo.

Este conceito diferente e inovador na Região, não tem passado despercebido. O “feedback tem sido incrível”, adianta a empreendedora.

Débora Araújo realça que vê a arte como uma viagem ao interior de cada ser humano. “As pessoas podem personalizar e ter em casa um objeto artístico único. É isso que me move”, remata.