Jantar em família no The Dining Room

The Dining Room é a mais recente aposta da quinta da Casa Branca para um jantar em ambiente intimista, a lembrar uma casa de família.


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O espaço é acolhedor e parece transportar-nos para o cenário de um filme de época passado numa casa britânica. E não é por acaso. The Dining Room é, na verdade, a sala de jantar de uma casa de família, onde viviam os proprietários da Quinta da Casa Branca, descendentes de uma tradicional família de comerciantes e antigos produtores de vinho Madeira, aqui instalados desde o séc. XVIII.

O hotel decidiu abrir as portas da casa mãe, uma construção do século XX, onde além de um conjunto de suites, foi instalado o novo restaurante principal.

A decoração acompanha o estilo clássico da casa. The Dining Room apresenta uma sala principal e um estúdio, mais pequeno, além de permitir jantar ao livre, tirando partido do clima ameno da Madeira. Apesar de ser uma propriedade rodeada por espaços urbanos do Funchal, o barulho fica à porta, havendo apenas a tranquilidade que 27 mil metros quadrados de plantação de bananeiras e uns magníficos jardins podem proporcionar.

O desafio de dar sabor ao restaurante foi entregue ao experiente chefe madeirense Carlos Magno, um dos principais divulgadores dos produtos da Madeira, na nova vaga de cozinha madeirense que desde há uns anos confere identidade aos restaurantes. Faz parte de um conjunto de chefes que tem estimulado e promovido as produções locais, para garantir que cada vez mais produtos podem ser encontrados localmente.

A cozinha tem inspiração mediterrânica mas Carlos Magno assume que trabalha “o máximo possível com o produto regional”. Aposta em produtos frescos, como o peixe e os legumes oriundos da Madeira. Mas acima de tudo procura ser uma cozinha criativa: “é assim que gosto de trabalhar” conclui.

É neste equilíbrio entre produtos de fama internacional, como o borrego, o bife Blank Angu, ou a sapateira, e as produções locais que o chefe construiu uma carta onde se destacam alguns pratos vencedores: Salada de Sapateira e Gambas com Abacate; Cavala Fumada com Pickles de Legumes e Cidra em Emulsão de Pepinos Amarelos; ou mesmo o Creme de Espargos Verdes com Requeijão. Ou ainda o Filete de Novilho Grelhado, Espuma de Alho e Legumes Salteados com Flor de Sal Fumada; ou o Carré de Borrego Salteado sobre Couscous Molho de Café Arábica; ou o Robalo com Risotto de Tomate Seco.

Em todos os pratos um jogo de equilíbrio. Há sempre um toque local e uma inspiração internacional. Carlos Magno revela que a próxima aposta vai para a produção de ervas aromáticas na propriedade. Junto ao restaurante irá nascer uma horta “com ervas como a planta do caril, o estragão, o basílico roxo, o basílico de limão, a salva ou a mostarda”.

The Dining Room abre apenas para jantar. Além dos pratos com mais procura, a carta vai refletir as épocas do ano. As entradas são sempre acompanhadas por uma sugestão de vinho.

Para os restantes pratos existe aconselhamento de vinhos, a partir de uma carta onde predominam as marcas portuguesas. A maior parte pode ser bebida a copo. Esta opção permite construir um menu de degustação, combinado com vinhos.

A comida de Carlos Magno parece ter sido criada para ser apreciada na atmosfera aconchegante da sala de jantar, ou no ambiente descontraído do jardim. Lembra comida caseira, numa casa de família, claro está.