A Casa Colombo - Museu do Porto Santo e dos Descobrimentos Portugueses quer afirmar-se uma referência na História Nacional
O espaço quer afirmar-se como o ex-libris do momento histórico em que Portugal se abriu ao mundo e ao cosmopolitismo e terá sido, segunda reza a tradição oral, a morada do navegador genovês Cristóvão Colombo aquando da sua passagem pela Ilha Dourada. Falamos da Casa Colombo – Museu do Porto Santo e dos Descobrimentos Portugueses, que foi alvo de uma reestruturação profunda e que já se encontra de portas abertas aos amantes da História.
A unidade museológica cresceu, fruto das obras levadas a cabo no emblemático edifício “Baiana”, com uma construção secular e emblemática que remonta a meados do século XVII.
E qual foi o intuito desta ampliação? Colocar o Porto Santo no centro da História e tornar este Museu como o polo de excelência para o conhecimento no que concerne ao designado encontro de culturas entre Portugal e os novos mundos que se abriam à Europa do Renascimento.
Este é um desígnio que tem tanto de inusitado como de ambicioso, pois consiste em colocar uma Região Ultraperiférica na dianteira deste período histórico, através de uma unidade museológica com uma visão da odisseia portuguesa baseada num enquadramento nacional e não meramente regional.
Para que isso seja exequível, a Casa Colombo Museu do Porto Santo e dos Descobrimentos Portugueses foi enriquecida com a doação (por parte de mecenas) de obras de oficinas nacionais e europeias (Alemanha, Espanha, Flandres, França), africanas, asiáticas e sul-americanas.
Assim, do espólio adquirido destacam-se peças desde o século IV até ao século XVIII, como pratos, taças, travessas, terrinas, vasos, garrafa, bilha, azulejos, elmo, imagens devocionais (escultura, pintura), mobiliário (estante, arca, contador, armário), gravuras, mapas e moedas, executadas nos mais diversos materiais: porcelanas, faianças, cobres, marfins, madeiras exóticas, tartaruga, madrepérola, ferro, entre outras.
Em suma, o Porto Santo conta com um museu remodelado, ampliado e com uma nova museografia, de onde se poderá obter novas leituras sobre um período temporal muito específico da História Nacional. Além disso, o aumento do acervo, o fomento da investigação e divulgação do conhecimento estão de mãos dados com este objetivo arrojado de levar o Porto Santo ao âmago da memória coletiva de um povo.